sexta-feira, 29 de junho de 2007
Gatos (I) - Neivah
Não, não sou eu.
É a minha gatinha.
Veio para casa uma semana depois do falecimento do meu avô paterno, numa tentativa do maridão de me distraír um pouco do mau momento que estava a atravessar. Foi buscar à SPAD aquela rafeirinha, pequenina e assustada e que, com apenas dois meses de vida, já tinha passado por muito. Apaixonei-me logo por ela. Toda branca, como a neve, ficou a ser a Neivah (até a adoptarmos, era Andrade, em homenagem a um jogador do FCP... Irra!!!).
Três dias depois, descobri que estava grávida da minha filhota. Apesar de não estar imune à toxoplasmose, livrar-me da Neivah nunca foi opção. Foi a minha companhia durante os longos meses que estive de cama, devido à minha gravidez de alto risco.
Feitiozinho tramado, reles como as cobras, passava o tempo a atacar-me mas, ainda assim, gostava tanto dela...
O tempo foi passando, a Madalena nasceu, cresceu, aprendeu a andar e a correr atrás da Neivah e, um dia, mudámos de casa. Melhor dizendo, mudámos de um apartamento para uma casa. Um dia e meio depois, a Neivah desapareceu. Fugiu. Foi-se embora.
Procurámos por toda a parte, perguntámos a toda a vizinhança, a foto da Neivah apareceu em sites e, até, na televisão, num programa sobre animais. Mas quem não apareceu foi a Neivah.
Até que, quase cinco meses depois do seu desaparecimento, vimos a Neivah, aqui bem perto de casa, num terreno baldio. Magra, assustada, reconheceu-nos mas ainda assim fugiu de nós. Sempre quis andar livre, o maridão dizia que se devia chamar 25 de Abril em vez de Neivah.
Por ironia, quase ninguém nos acreditou quando dissémos que vimos a Neivah... Pois era Dia das Petas!!! Enfim...
Nos dias seguintes voltámos ao terreno baldio várias vezes. Mas a Neivah, não.
Anteontem o maridão viu-a. No mesmo local. Está esquelética e parece ter uma ferida atrás no pescoço. Ela, reconheceu-o e, como sempre, fugiu.
Se ela soubesse o negócio que temos para lhe propor, até havia de estar interessada: grávida do meu segundo bebé e sempre sem estar imune à toxoplasmose, não posso pensar em ter a gata em casa; apenas queria deitar-lhe comida e água fresca todos os dias, aqui ao pé de casa ou no terreno baldio onde ela volta e meia se esconde... Apenas queria vê-la bem, alimentada e saudável, mesmo que não estivesse aqui comigo...
Quando se gosta (de uma pessoa, de um animal, do que for...), dá-se-lhes liberdade, não é?!
Então, Neivinha... Mesmo que não fiques, vai voltando, sempre que quiseres...
Ando com o coração tão apertadinho por saber que estás tão esquelética e maltratada...
=^..^=
 
posted by Neivah at 08:30 | Permalink | 3 Comentários
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Metades...
Porque passamos a vida à procura da nossa metade (cara-metade, corpo-metade, espírito-metade, alma-metade ou alma-gémea, etc....) e da felicidade (esta, o mais completa possível, já agora...);
Porque a nossa metade conquista-se todos os dias e a cada dia que passa;
Porque a felicidade também se encontra nas pequenas coisas do dia-a-dia e não apenas nas grandes;
Porque hoje fazemos 4 anos de "Sim!";
Porque gosto de ti!
Porque escolhi o melhor pai do mundo para os meus filhotes;
Porque podes (tens a minha autorização!) ficar velho mas não casmurro... :o)
... Porque sim!
:o*
 
posted by Neivah at 23:55 | Permalink | 1 Comentários